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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Escritora de Paraisópolis

Filiação e Naturalidade

 Filha de Ledite Carvalho de Souza Joaquim Carlos de Souza Neto, Jussara Carvalho nasceu na Fazenda Pedrinhas onde havia plantação de milho, feijão, arroz, mandioca, hortaliças, coqueiros, cana-de açúcar, animais de criação, etc. O braço do rio de água transparente era perene até sua adolescência, ano ao qual mudou para a cidade Jacaraci localizada no Sudoeste da Bahia.
 Enquanto morou no município de Jacaraci, Jussara cursou o primeiro grau numa escola com o nome da falecida comarca da sede Zuleide Freire de Abreu e segundo no Centro Educacional Municipal Julieta Cardoso David com o nome da falecida matriarca da cidade.
Brincadeiras
 Jussara lembra e sente saudades das brincadeiras da infância. Como dizia o primo galego, era a criança mais veloz quando corria embaixo das árvores ou nelas. A fazenda onde Jussara nasceu tem o nome Pedrinhas porque gente das regiões circunvidinhas aproximavam com seus carros de boi para levar pedras para construções de casas de engenho, residência dos empregados ou casarões para se mesmo.
 Na aurora da sua vida, Jussara e o irmão caçula Daniel, brincavam de pega-pega sobre pés de manga, jogavam "beisebol" com um pedaço de ripa e a bola era uma laranja. Era engraçado, pois a fruta muitas vezes seca, se quebrava na primeira tacada e passavam a tarde jogando a bola e dando tacadas sem poder correr pelas bases. Naquela época, Suziene e Maurinéia alunas do Grupo Escolar  Governador Waldir Pires e vizinhas de Sara agora conhecida como Escritora de Paraisópolis , se juntava ao jogo composto de quatro membros: dois apanhadores e dois rebatedores.
Clube das bonecas
Também colhia bonecas de milho verde para brincar de casinha e sonhava com o inexistente Clube secreto no meio do mato. Fazia pessoas, carros e diversos objetos com barro ao imitar a irmã Júlia.  Tendo como escorregador um pequeno morro coberto de lama e andava tanto descalça sobre a areia alaranjada ou sonho escuro e rígido que nem sentia os espinhos perfurando os pés ou a queimadura de uma brasa. Lembra que o vizinho Clemente (já adulto na época) como consequência de andar descalço, teve que fazer uma operação para retirar um cravo (espinho enraizado no pé) e tinha medo que o mesmo acontecesse consigo.

 Quinca - o homem que "virava fantasma"
 Joaquim Carlos o pai de Jussara Carvalhos é um grande contador de histórias com seu jeito especial e exclusivo de interpretar contos e o prazer em criar um enredo interessante. Quinca o cômico nato foi chamado pelos seus incríveis teatros como o homem que virava fantasma. Todos o conhece pela suas encenações públicas e familiares que causavam grande sustos de arrepiar. Nunca cobrou ingressos para seus espetáculos pois os espectadores estavam envolvidos nos espetáculos inéditos.
Comédia política  (Jacu x Pé colado e Ledite x Quinca) 
 Ledite Carvalho (já falecida), sentia ciúmes do encanto que o marido promovia nas mulheres solteiras e casadas, com isso Jussara presenciou cenas de discussões com a vizinha que demonstrava interesse por este homem duplamente casado (Na igreja e no civil). Porém Joaquim também era ciumento e fazia campanha política contra certo candidato que paquerava Ledite. Se esta aceitava os elogios para ser mais valorizada ou causar ciúmes não não sei julgar, o que ninguém conseguia entender era porquê pregava na parede a propaganda do político que o marido odiava.
 Dessa forma, na época da eleição para prefeito, era uma aventura meio cômica-política. Ledite arrancava imagens dos candidatos "Pé colado" e colava os do partido "Jacu" enquanto Quinca ou Joaquim rasgava os planfetos do Jacu e distribuía do pé colado, no final as pessoas que acompanhavam o IBOP ficavam confusas ao passar pela casa do lendário Quinca e vê na janela direta a propaganda do candidato Jacu e da janela esquerda do candidato Pé colado.
 Formadores de opinião
 Intrigados e exaltados por considerar a hipótese de ser uma afronta aos políticos, exigiam explicação para a palhaçada. Como Quinca e Ledite, eram formadores de opinião, a fazenda se tornava um campo de batalha-político. Para as pessoas mais velhas da região, o homem impõe sua opinião calando o pensamento feminino no lar, assim os inconformados com a oposição politica de Ledite, exigiam que o pai de família obrigasse a esposa a votar no partido Pé colado que ele escolheu, contudo ela sempre foi uma mulher guerreira e continuou exercendo sua influência para arrecadar votos para o Jacu até que se separou do marido e foi morar na cidade tendo que votar no Pé colado para garantir seu trabalho na prefeitura. Antes de morrer e já fora da prefeitura, Ledite que voltou a usar o sobrenome de solteira Álvares Carvalho voltou a votar nos políticos Jacu e quase teve sua casa derribada pela oposição ... 
Festas
 Apesar dos religiosos da igreja ao qual Ledite foi "ortodoxa" proibi participar de eventos dançantes e política, Jussara foi algumas festas de ambos partidos políticos. O problema era que sonhava ter uma reputação brilhante para casar com um lindo e galante jovem que conquistasse seu coração e ainda não tinha idade para enlace matrimonial, não dava bola para os rapazes que a paquerava para não ficar desonrada com fama de namoradeira e decepcionasse os pais.
Colegial
 Como em toda escola, os adolescentes são muito bagunceiros e divertidos. A vice-diretora do Centro Educacional Municipal Julieta Cardoso David (no período que Jussara foi aluna), não suportava as brincadeiras da galera e dizia que o corpo discente parecia alunos de televisão, noutra vez berrava que a turma ia colocar fogo no colégio, exaltando que aquela era a classe de estudantes mais atentados.
Certo dia de aula, quando Jussara cursava a sexta série do ensino fundamental na outra escola ( E Estadual Zuleide Freire de Abreu), toda a turma foi proibida de parabenizar os professores pelo seu dia. Os alunos ensaiaram e planejaram apresentar uma peça teatral em homenagem ao dia 15, porém foram barrados de uma forma humilhante. A sexta série vespertina da escola ficou trancada na sala de aula de castigo durante as apresentações no pátio escolar e depois levaram aos "prisioneiros" toda a comida que fora preparada para lance de todo o colégio. Sentindo humilhados com tantos sanduíches, fizeram greve de fome e voltaram pra casa. Jussara sorriu por dentro ao imaginar reverte o insulto fazendo guerra de comida, porém era muito tímida para iniciar uma bagunça e ficou apenas a cena na sua memória.
Jovens evangélicos
Quando frequentava a igreja, ia algumas excursões por todas as cidades vizinhas. Um ônibus conduzia os crentes a igrejas que celebravam cultos de busca de dons, batismo e reuniões entre as moças e moços da mesma fé religiosa para se conhecerem, namorar e casar. Aos 12 anos Jussara ficava zonza com tantos rapazes bem apessoados. Eles eram muitos jovens e ficavam divinamente charmosos vestidos ternos novos e tocando aqueles instrumentos musicais.
Com um sorriso no canto da boca, entoava os cantos líricos, outros mais parecidos com ópera, num esforço terrível que as vezes pensava que as tripas fossem sair pela boca ou interrompiam seu canto quando uma coceira tomava conta da garganta. Mas ficava feliz quando conseguia cantar direitinho. Depois isso ficou muito monótomo e não tinha mais graça se perder entre os grupos de garotas que estavam mesmo afim de paquerar e brigava pelos garotos.
Carreira literária
No último mês 2003, Jussara parti em busca de mais conhecimentos literários para poder aplicar nos livros de sua autoria. Registra na FBN (Fundação Biblioteca Nacional) seus primeiros livros: Em busca do FuturoUma garota apaixonada, O amor iluminou minha vida ( Romances) e Uma história de amor intenso ( narração em versos dividido em: Uma escritora adolescente em crise, De repente me apaixonei e Planos para ter um namorado)
 No sarau da Casa de Cultura de Santo Amaro, Jussara conhece o Poeta Renato Palmares que lhe convida conhecer outros Saraus lítero-músial na zona Sul de São Paulo e a incentiva recitar poemas, porém Jussara ainda não se sentia poeta pelo fato de na época ter apenas Demolidor de Corações ( Livro de poesias publicado posteriormente em 30 Abril de 2011). Para não decepcionar o amigo que lhe chamava cariosamente de poeta, Jussara Carvalho aceitou o desafio de escrever mais poesias e apresentar títulos variados nos saraus literários que passou a ir sozinha. 
 O amigo Luiz Flávio conhecendo seu trabalho e desejando tornar público A Escritora de Paraisópolis publicou no Jornal Paraisópolis NEWS duas matérias sobre a carreira de Jussara Carvalho e lhe incentivou a publicar o livro Demolidor de Corações. A organizadora do Sarau Paraisópolis: Míriam de Castilho lhe cedeu o espaço no Einstein para a publicação do livro de Poesias mais romântico de Jussara Carvalho.

 Além da poesia de sua autoria: Pelas ruas de São Paulo do livro Páginas Vazias publicado pela Editora Madio em Julho de 2010 e do livroDemolidor de Corações, Publicado pela Escritora de Paraisópolis em 30 de Abril de 2011, os textos literários de Jussara Carvalho Escritora de Paraisópolis estão publicado no Recanto da Letras: http://www.recantodasletras.com.br/autores/jussaracarvalho ;

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